quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Fraqueza

Hoje finalmente reconheço que sou uma pessoa fraca
Hoje finalmente me compreendo um pouco melhor
Porque sou como sou... Tão simples de me compreender...
Sou uma pessoa que precisa algo onde se agarrar
No fim do dia eu preciso de saber que tenho algo
Que me faça acordar e querer levantar da cama
Não tenho nada neste mundo que me faça querer ficar cá
Não tenho nada onde me agarrar e não tendo nada
Escolhi o "Pai Natal" dos adultos para me dar algo onde agarrar...
O sentimento de ser amado por alguém...
Finalmente compreendo porque me dói e porque me magoa
Porque sem isso, sem essa esperança, não tenha nada onde me agarrar
E quando não temos nada onde nos agarrar,
Quando finalmente desistimos morrer torna-se apenas uma formalidade.

Finalmente me compreendo...
Finalmente sei porque sempre acreditei que nunca irei ser feliz
Não porque sou impossível de ser amado
Mas porque o peso é demasiado grande para alguém suportar.

Não é o mundo que me odeia ou que me quer mal
Eu é que não acredito nele e fechado na minha própria mente
Não vejo mais nada para além de mim... egocêntrico...
Sou fraco porque nunca vi isso
Porque sempre precisei de lhe deitar a culpa de algo
que apenas a mim mesmo devo de culpar...
Não é este mundo que é pequeno para mim
Eu é que sou grande demais para ele.

Finalmente me compreendo... e se isto for verdade
Finalmente sei o que me corrigir,
Se eu acreditar nas minhas palavras então talvez assim
Talvez eu possa encontrar o que quero...

Demorei demasiado tempo, mas espero que finalmente tenha encontrado o meu problema
E por isso te agradeço, pela lição que contigo aprendi
Eu sou o meu próprio problema, sem esperança de mim mesmo
Sem nada onde me agarrar, à espera de morrer ou suicidar...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um erro

Renego a minha dor para algo incompreensível
Em que tudo acontece por uma razão
Esta razão vai para lá de algo que eu compreenda,
À quantidade de vezes que as pessoas desistem de mim
Já deveria de estar habituado
Mas a verdade é que custa cada vez mais e mais
Ter que continuar quando sinto que já não aguento mais.
Fazes-me tão feliz e ao mesmo tempo tão triste,
Eu dou-te sorrisos que significam algo
E mesmo assim continuas sem me reconhecer
Peço-te momentos mas passas-los com outro
Dizes que não te significam nada mas afastas-te cada vez mais...
Ou serei eu que te afasto de ciumes e inveja...
Talvez eu não seja homem suficiente para ti
Ou talvez eu seja um erro

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Avisos

Fizeste-me um aviso para não te perder,
um aviso para não errar, saber esperar...
um aviso para o tempo passar...

Avisos não são feitos sem razão
avisos existem quando algo se torna uma opção...
avisaste-me para não te perder,
mas eu sinto que já te perdi.

Arrisquei e ganhei, arrisquei e perdi,
é difícil não lutar por aquilo que vemos ao nosso alcance,
olhar para ela e nada fazer,
o mais difícil na vida não é lutar mas esperar...
esperar que um sonho se concretize
e quando não sabemos esperar, lutamos...

Lutamos e arriscamos, perdemos ou ganhamos
mas lutamos e acreditamos...
lutamos para dar razões lutamos para ser razões
lutamos por nós e pelos nossos sonhos e paixões.

É por isso que quando me avisas-te
o sabor das tuas palavras foi o de perda...
ter-te e perder-te, não te ter e mesmo assim perder...
pois já te perdi de tantas maneiras,
que não pensei ser possível te perder novamente.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Deambulando em pensamentos

Se há coisa que não percebo é que quanto mais queremos uma coisa, mais ela se distancia e nos parece inatingível...

Vejo-me como como um sonhador, passo a vida a sonhar com as coisas que quero, com os resultados pelo que luto, sonho acordado com os meus desejos e vejo-os de noite quando durmo, o que eu considero que seja algo de bom afinal de contas se não conseguirmos ver o que desejamos então é porque não o desejamos e se assim é, então para que lutamos?!.

Uma pessoa precisa objectivos na sua vida algo que a faça levantar da cama de manha, se não os tiver de onde é que vai buscar a sua motivação? Sem objectivos é como se estivéssemos mortos ou pelo menos à espera que esse dia chegue de uma forma calma e tranquila.

Portanto como pessoas que há muito tempo deixamos de temer Deus nós traçamos esses objectivos, mas a minha pergunta é "Qual o limite?", quando é que traçamos objectivos banais que simplesmente para nós são demais...

Será amor, teremos realmente todos e cada um de nós o direito a amar e ser amado... talvez quem sou eu para dizer que uma pessoa merece ou não ser amada, embora por vezes me depare com personagens que realmente não merecem metade do que têm, se essas ditas personagens o têm é porque quem está errado sou eu.

Bem ok... estou a ser um pouco egocêntrico, provavelmente se eu não fosse uma pessoa saudável e estivesse numa cadeira de rodas o meu sonho seria andar (para não falar de pior), mas mesmo assim, será que não viveria no constante sonho também do direito ao amor...

Citando Luiz Vaz de Camões "Amor é fogo que arde sem se ver, É ferida que dói e não se sente", que belas palavras são estas para os enamorados, para quem está apaixonado e vê a sua paixão retribuída... e o se o limite de um sonho for a liberdade?

Para quem vive numa sociedade moderna como eu, sinto-me preso a esta reacção cerebral que tenho chamada sentimentos... musica, pessoas ou situações nos despertam diferentes sentimentos que nos dão euforia ou desespero e tudo o que pelo meio se encontra... Não seria um bom sonho ser capaz de me desprender destes sentimentos, não sentir, nem felicidade nem magoa, ser capaz de fazer a minha vida e lutar pelos meus outros objectivos sem que sentimentos me atrapalhassem pensamentos... mais uma vez cá estou eu a ser egoísta se eu deixasse de ser capaz de sentir não conseguiria traçar objectivos... uma vida vazia sem significado.

No fundo não me percebo a mim próprio, sei o que quero mas não sei como o conseguir... ou não sei lutar ou não sei esperar, em qualquer um dos casos são coisas que não percebo.

domingo, 17 de maio de 2009

Uma moeda no ar

A História tem tendência a repetir-se, mas não em alterar-se... pelo menos é esse o conhecimento que acreditamos... se lançar-mos uma moeda ao ar e a deixarmos cair sabemos que vai cair cara ou coroa, mas será que se a lançarmos vezes suficientes, se formos persistentes o suficiente e a continuarmos a lançar seremos nós capazes de a fazer cair na sua cunha?... Não se trata de algo impossível de conseguir ou de acontecer, mas de algo que nos levará a perguntar se seriamos nós persistentes o suficiente para ver acontecer, teremos nós esse desejo de mudar por uma vez a historia quando ela apenas se quer repetir...

Isso é o que eu quero descobrir, ou que pelo menos que tento descobrir... já a lancei varias vezes e de maneiras diferentes e quando parece que estou a conseguir um elemento exterior aparece e volta-a fazer tender para o curso normal da historia, por isso agora me pergunto, serei eu capaz sozinho conseguir tal proeza, ou precisarei também eu de um factor externo para conseguir que por uma vez ver resultados, e se sim, que factores posso eu usar...

O tempo é cruel, mas por vezes as maiores barreiras somos nós que as criamos, não o tempo... e se eu quero ver essa moeda mudar de rumo, fazer a história mudar, não se trata de quantas vezes eu a vou lançar, mas por quanto tempo eu a consigo lançar com a mesma vontade com a qual comecei...

Mas sou uma pessoa determinada, que prefere viver com remorsos do que com arrependimentos, por isso vou continuar a lançar esta moeda quantas vezes eu conseguir por todo o tempo que me resta, pois é algo que vale apena ver acontecer.

domingo, 19 de abril de 2009

Cada Lugar teu

Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
E o mundo nos leve pra longe de nós
E que um dia o tempo pareça perdido
E tudo se desfaça num gesto só

Eu vou guardar cada lugar teu
Atado em mim, a cada lugar meu
E hoje apenas isso me faz acreditar
Que eu vou chegar contigo
Onde só chega quem não tem medo de naufragar

domingo, 5 de abril de 2009

Ordena que te Ame

Acordei e ouvi esta musica a tocar na televisão, contagiou-me logo pela manhã e como pressinto que me vai acompanhar durante todo o dia, decidi partilhar com ninguém.